Servidores em Cloud: como essa demanda vem aumentando?

Autor: Telium Networks
Publicação: 14/09/2018 às 03:15

cloud computing é, sem dúvida, a tecnologia mais comentada, buscada e analisada por gerentes de TI nos últimos anos. Se você trabalha nesse meio, com certeza, ouve falar da nuvem em toda conversa sobre otimização e artigos sobre o sucesso que essa migração está trazendo para negócios em diversas áreas.

Mas, mesmo que a implementação de cloud seja um processo simples e com uma oferta cada vez maior no mercado, para aproveitar ao máximo seus benefícios, é preciso entender qual o modelo e qual situação é melhor para a sua empresa.

Portanto, resolvemos juntar todas as suas dúvidas em uma conversa só, para você sair daqui pronto para pesquisar e adquirir a nuvem perfeita. Quais são os tipos de nuvem mais comuns? O que é SaaS, PaaS e IaaS? Como investir e migrar com sucesso? Nós respondemos a todas essas perguntas. Vamos lá?

Os principais tipos de cloud disponíveis hoje em dia

Quando falamos em infraestrutura na nuvem, hoje, existem três modelos mais comuns para a adoção e o gerenciamento da TI dentro das empresas.

Em termos de segurança, disponibilidade e performance, existem poucas diferenças entre eles, mas são esses detalhes que definem qual é a alternativa mais indicada para cada caso. Por isso, vamos explicar cada uma delas e o que significam para o seu negócio:

1. Nuvem pública

A nuvem pública é o modelo mais utilizado de cloud computing no mundo. Toda a infraestrutura de armazenamento, processamento e virtualização é sediada pelo provedor da nuvem, que fornece esses recursos remotamente pela internet.

O que define uma nuvem pública é que esses recursos não são exclusivos da empresa — uma fração contratada é locada e alocada para cada cliente, sem que haja qualquer comunicação entre eles.

Quando se indica a nuvem pública?

Por dividir o custo de uma infraestrutura com vários clientes, a nuvem pública é mais barata e sem perder tanto da performance, por isso, é a mais indicada para empresas que estão começando ou que não precisam de um controle mais fino de seu gerenciamento de cloud.

A oferta de segurança é suficiente para o nível corporativo, mas essa garantia varia entre fornecedores, provedores e intermediadores. Por isso, uma pesquisa bem-feita é importante — ou apoiar-se nos players já consolidados no mercado.

2. Nuvem privada

Como o próprio nome sugere, a nuvem privada é um modelo de cloud montado e gerenciado exclusivamente para cada cliente. Nesse caso, a empresa contratada estuda as necessidades e demandas do contratante, desenha um sistema que melhor se adapte e constrói a infraestrutura em torno desse levantamento.

Ao contrário do modelo público, em que o acesso é sempre remoto, na nuvem privada, é possível escolher entre servidores on-premises ou mantidos pela parceira tecnológica. Em ambos os casos, o contrato garante gerenciamento, atualização, manutenção e suporte para o sistema — tudo isso de responsabilidade da empresa terceirizada.

Quando se indica a nuvem privada?

A nuvem privada é indicada para empresas maiores e que lidam com dados mais sensíveis — tanto da própria gestão quanto de clientes. O foco desse modelo é na customização e na segurança, dando muito mais controle para que o gerente de TI molde sua infraestrutura ao que seja mais adequado e familiar para todos os colaboradores.

Com essa gestão facilitada e menos preocupação com ameaças externas, a equipe tecnológica interna pode direcionar seu foco para extrair o máximo da cloud, portanto é indicada também para quem busca mais performance para o negócio.

3. Nuvem híbrida

Quando a nuvem é híbrida, a empresa utiliza os dois modelos anteriores ao mesmo tempo. É uma forma de ter o controle e a segurança da cloud privada e o custo mais baixo da nuvem pública. Seu grande desafio está na integração entre os dois sistemas e em uma gestão de acessos mais apurada para impedir que essa comunicação se torne uma brecha de segurança.

Quando se indica a nuvem híbrida?

Esse é um tipo mais raro de nuvem, mas ainda viável. É mais utilizado em grandes empresas, que contam com uma equipe de TI maior e podem investir nos dois modelos.

Essa cloud geralmente se aproveita de recursos familiares e abundantes das redes públicas para dar familiaridade aos colaboradores, ao mesmo tempo em que o gestor tecnológico pode garantir a segurança da informação.

O mais comum nesse caso é manter dados rotineiros de operação e administração na nuvem pública, para acesso facilitado, enquanto informações críticas e sigilosas têm um acesso restrito e mais controlado nos servidores exclusivos.

Saas, PaaS e IaaS: como essas siglas vêm mudando o mercado cloud

Quando o assunto é cloud computing, os modelos de licenças para software, sistemas e infraestrutura estão mudando o jogo. Todas as questões que profissionais de TI já encontraram, como gerenciamento de contratos, previsibilidade de demanda para o futuro e atualização de hardware, se tornam coisa do passado.

O modelo de oferta como serviço é o carro-chefe da nuvem, o que vem tornando a tecnologia tão popular e concretizando suas promessas em resultados práticos de negócio. Veja quais são os principais modelos:

A diferença entre SaaS, PaaS e IaaS

Essas são as três siglas mais buscadas por gerentes de TI em todo o mundo. São modelos de assinatura que podem ter seus recursos adaptados ao valor pago e à demanda da empresa, sem prendê-la a licenças ou hardware — que exigem investimentos altos e efetivos para não serem subaproveitados ou insuficientes.

Ao contrário dos tipos de cloud, a diferença entre os termos está na abrangência do que eles oferecem. Entenda essa diferença: 

1. SaaS

O Software as a Service, ou software como serviço, é o uso de ferramentas e funcionalidades em aplicações de terceiros, sem ter que fazer a aquisição temporária ou vitalícia de sua licença. Nesse modelo, você paga uma assinatura de acordo com os recursos oferecidos e todos os colaboradores da empresa têm acesso ao software instalado em sua estrutura ou, remotamente, pela nuvem.

Alguns exemplos mais populares hoje são o Office 365 e o Adobe Creative Cloud. A sua assinatura é flexível, de acordo com o número de programas e funcionalidades necessárias, e a empresa tem sempre a versão mais atualizada e eficiente do produto contratado.

2. PaaS

Já o Platform as a Service, ou plataforma como serviço, é uma camada a mais de virtualização para um negócio. Nesse modelo, não só os softwares de produção são oferecidos em modelo de assinatura, mas toda a plataforma que gerencia, organiza e hospeda o sistema — aplicações, históricos, dados, relatórios, perfis de acesso etc.

Microsoft Azure é um exemplo desse modelo, oferecendo tudo o que uma empresa precisa para aproveitar a nuvem sem ter que adquirir sistemas de gestão, com praticidade e, principalmente, flexibilidade para as particularidades de cada negócio.

3. IaaS

Por último, a Infrastructure as a Service, ou infraestrutura como serviço, é um guarda-chuva que abrange não só os dois modelos acima, mas também os recursos dos quais você precisa para utilizá-los. Além de softwares e sistemas, o IaaS entrega a própria computação e o armazenamento de forma remota, utilizando virtualização como forma de produtividade.

Nesse caso, o gerente de TI pode despreocupar-se de prever demandas para hardware, inclusive, os terminais de trabalho. Toda a parte computacional é feita pelos servidores terceirizados e os colaboradores interagem com esse sistema inteiramente pela nuvem.

Qual desses modelos é o mais adequado para a sua empresa

Não existe uma resposta certa para essa pergunta, já que muitas variáveis entram em jogo: a sua capacidade de investimento, a sua necessidade por infraestrutura, o ponto atual do seu sistema, entre outras. Portanto, o mais importante é conhecer bem a sua empresa e alinhar junto aos diretores suas expectativas para o futuro.

De modo geral, o SaaS é o modelo mais prático e que traz resultados mais rapidamente para o sucesso de um negócio. Investir em software como serviço aumenta a produtividade, facilita a comunicação entre os colaboradores e a gestão do responsável tecnológico.

Então, a melhor opção talvez seja investir primeiro em SaaS, para então descobrir como uma plataforma ou uma infraestrutura contratada pode maximizar o ganho que essas aplicações remotas trouxeram para a empresa. Nos próximos tópicos, vamos conversar um pouco mais sobre o que isso significa na prática.

Como a nuvem auxilia na segurança e escalabilidade do negócio

Mais importante para um gestor de TI do que entender especificações técnicas de modelos de cloud é descobrir o que isso significa para o negócio em que está inserido. Afinal, a tecnologia por ela mesma nunca é a resposta — o segredo está na forma como uma equipe tecnológica inovadora e bem preparada utiliza esses recursos.

Por isso, listamos o que a nuvem traz de melhor para uma empresa do ponto de vista prático — na rotina de seus processos, nas economias de tempo e recursos, e na praticidade da gestão de dados e ativos. Veja os 4 itens mais relevantes:

1. Terceirização na proteção de dados

Até pouco tempo atrás, ainda existia um mito muito persistente de que a nuvem não é tão segura quanto servidores locais. É cada vez mais evidente que isso não é uma verdade.

Podemos citar desde o controle de acesso para diferentes níveis de proteção de dados, históricos de modificação para encontrar anomalias na manipulação de valores, até o monitoramento constante da rede em busca de movimentações não reconhecidas.

Mas, acima de tudo isso, existe uma questão que contribui muito para a segurança de dados na nuvem: a terceirização dessa proteção. Por maior que seja uma empresa, é impossível que uma equipe de TI interna se dedique completamente à segurança da informação, tendo tantas outras atribuições no dia a dia.

Com equipes especializadas e vigilantes, essas parceiras tecnológicas liberam você sua equipe para focar mais os próximos itens, em como usar a nuvem para alcançar o sucesso de novas estratégias de negócio. É um ganho em segurança e, ao mesmo tempo, em capacidade de inovação.

2. Escalabilidade como chave para o sucesso

Além de melhorar a segurança, um papel importante da TI é garantir que a empresa se torne viável quando tiver sucesso em suas novas estratégias de expansão. Do que adianta crescer exponencialmente se, lá na frente, a estrutura atual não der conta de atender todo esse público?

Talvez o verdadeiro game changer da cloud esteja na escalabilidade — a capacidade de atender dez ou até cem vezes mais o número de clientes sem praticamente alterar o volume operacional da empresa.

Essa capacidade tem a ver com a elasticidade da nuvem. Quando há pouca demanda, você pode economizar reduzindo a oferta. Quando há um pico de procura pelo seu serviço ou produto, em questão de minutos, a infraestrutura se adapta para atender os novos potenciais clientes fidelizados.

3. Aumento da produtividade

Como já citamos ao usar o exemplo do SaaS, investir em nuvem é uma forma de ganhar produtividade quase que imediatamente. De cara, na maioria dos casos, a empresa ganha um sistema mais organizado, com performance melhor e softwares mais atualizados.

Quando essas aplicações funcionam como serviço, hospedados na cloud, ainda é possível dar mobilidade aos colaboradores, que podem acessar o sistema de onde estiverem, na hora que quiserem. 

Isso sem falar da colaboração em tempo real e ferramentas de comunicação online. Uma equipe mais integrada e capaz de enxergar como todos os processos operacionais se conectam consegue otimizar a produtividade, melhorar a qualidade da entrega e reduzir quase a zero os retrabalhos.

4. Gestão baseada em dados

Lá em cima, quando falávamos sobre os modelos de cloud, citamos como a nuvem privada contribui para a performance do negócio. Mas o que isso realmente significa, além do ganho claro em produtividade?

Somente com a nuvem, hoje, uma empresa consegue coletar e armazenar um grande volume de dados sem precisar de um grande aporte em estrutura. Ou seja, a cloud computing é o caminho mais curto para a utilização de Big Data e Business Intelligence no mundo corporativo.

Utilizar dados como fonte de decisões estratégicas é a tendência que está colocando o gestor de TI lado a lado com os diretores de empresas em todos os ramos. É com a nuvem que se começa um processo de transformação digital, dando efetividade, previsibilidade e agilidade na tomada de decisões, em um futuro muito mais dinâmico para o mercado.

4 dicas para cortar custos ao investir em um SaaS na nuvem

A nuvem contribui para o sucesso de uma empresa não só no aumento de seu potencial produtivo e estratégico, mas também na sua capacidade de economizar. Falando especificamente do SaaS (ponto de entrada mais impactante da nuvem), veja 4 dicas para investir certo e ter muita economia como retorno:

1. Contrate apenas o que a empresa precisa

A grande vantagem do modelo SaaS é que você pode ajustar seu investimento à sua necessidade. Quando for migrar, é importante primeiro fazer um levantamento de todas as licenças de softwares adquiridas, como elas podem ser levadas para o modelo como serviço e quais programas realmente são necessários.

Essa é uma grande oportunidade para redesenhar processos e, assim, economizar com o investimento em tecnologia. Com o mapeamento concluído, é só encontrar a solução mais confiável e completa para o que sua empresa precisa e começar essa transformação.

2. Substitua o máximo de licenças adquiridas

Ainda não é garantido que você encontre opções SaaS para todos softwares e ferramentas que a empresa precisa para funcionar, mas já dá para fazer essa transição quase que completamente com inteligência e planejamento.

Cada licença que você não precisa mais adquirir é um gasto a menos que pode ser utilizado em questões mais relevantes para o negócio — como recursos de computação ou tamanho do banco de dados. Tente adaptar ao máximo o fluxo produtivo dos colaboradores com as opções do mercado e, assim, economizar o máximo possível.

3. Integre soluções

Para maximizar essa economia, não basta migrar para o SaaS — é preciso escolher a opção mais completa em relação custo-benefício. Isso é alcançado principalmente ao buscar soluções, softwares e ferramentas que se integrem dentro do sistema.

Por exemplo, softwares de uma mesma suite que trabalhem dentro de um ecossistema único, programas de fornecedores diferentes, mas que oferecem compatibilidade em formatos de arquivos, ou softwares capazes de conversar entre si em tempo real. Quanto mais próximas forem as soluções de SaaS, menos dinheiro você precisará investir para conseguir resultados melhores.

4. Invista no equilíbrio entre funcionalidades e produtividade

Uma questão de TIs mal gerenciadas é investir em softwares sem primeiro desenhar um fluxo de produção que defina o uso de cada um deles. Mesmo que o SaaS seja um modelo mais barato para uso dessas ferramentas, você ainda precisa de um planejamento para não desperdiçar dinheiro.

Quais programas são essenciais para a operação? Quais podem ser substituídos, ou quais processos podem ser aglutinados em outras ferramentas? Qual software permite que vários profissionais trabalhem simultaneamente para agilizar processos? Responder a essas perguntas pode ajudar você a evitar gastos desnecessários e criar um sistema enxuto, produtivo e focado no core do negócio.

Por que muitas empresas têm optado pela nuvem privada

Depois de explicar tantos conceitos, modelos e práticas para incluir a cloud computing no seu negócio, dá para entender melhor por que uma combinação tecnológica está se tornando cada vez mais popular entre empresas de todos os ramos.

O uso de SaaS em nuvens privadas vem se apresentando como a melhor aposta para quem quer unir praticidade com customização e segurança. Nesse modelo, o gestor de TI contrata a infraestrutura exclusiva para atender às suas necessidades e usa software como serviço substituindo o modelo mais ultrapassado da aquisição de licenças.

A nuvem privada alia a performance da cloud com uma entrega mais eficiente e um gerenciamento preparado para lidar com questões de desempenho e segurança. Em um cenário que vislumbramos de transformação digital e com a gestão de dados se tornando cada vez mais importante para a tomada de decisões, contar com esse tipo de infraestrutura pode significar um passo à frente da concorrência — para crescer e se tornar referência em um novo mercado.

Como fazer a migração na nuvem de maneira eficaz

Portanto, não há dúvidas: a computação na nuvem — principalmente, quando falamos em cloud privada — é a origem na tecnologia de novas estratégias de negócio. Mas não é para sair correndo em busca dessa migração. Para garantir as vantagens da cloud, um gestor de TI precisa primeiro se preparar:

Faça um planejamento completo

Planejar uma migração para a nuvem é fundamental para que você invista certo e sem sustos no futuro. Isso significa levantar a situação atual do seu sistema, as demandas mais críticas e, especialmente, definir o retorno esperado da tecnologia. Todo o planejamento precisa ser feito pensando no futuro e nos objetivos que a empresa deseja alcançar no mercado.

Migre em etapas

Mesmo que seja um processo simples, a migração pode ser longa e exigir um tempo de adaptação de todos os colaboradores. Por isso, é indicado quebrá-la em etapas. Planejamento, implementação, mudança de sistemas, transferência do banco de dados — crie uma agenda para cada passo e se certifique de que ele foi executado com sucesso antes de partir para o próximo.

Inclua todos os colaboradores

A migração para a nuvem é um processo que faz parte de uma transformação digital — uma mudança completa de cultura e visão de negócio dentro da empresa. Isso significa, claro, envolver todos os funcionários no processo, e não só a equipe de TI. Reuniões, sugestões, treinamentos — tudo isso precisa estar no seu planejamento.

Conte com parceiras terceirizadas

É claro que a nuvem só tem a eficácia que se espera dela quando buscamos o outsourcing dessa infraestrutura e do suporte. Desde o planejamento até a execução, todos esses processos são realizados com mais sucesso quando contamos com uma parceria ao longo da migração — desde uma consultoria inicial até a manutenção do novo sistema na nuvem.

Mas esse é apenas o começo. Neste artigo, você entendeu melhor os modelos mais populares da nuvem e como o investimento no tipo certo de cloud para a sua empresa pode ser a diferença entre estagnação e sucesso em um novo mercado digital.

Nós também demos uma passada nas melhores práticas para fazer essa migração com sucesso, mas, se você pretende extrair o máximo da nuvem privada e do SaaS, ainda pode aprender muito mais.

Que tal então se preparar para migrar sua TI? Continue a sua pesquisa lendo este e-book sobre como realizar esse processo de forma eficaz!